A Poção mágica da Clarinha
Autor: Emílio Carlos
Era uma vez uma bruxinha chamada Clarinha. Clarinha gostava de tudo que tinha: do chapéu da vassoura e da varinha.
Clarinha vários amigos tinha: o sapo Quequé, o corvo Janjão e a joaninha Tininha. Um dia Clarinha pensou e pensou e disse assim, com aquela carinha:
- Eu vou é fazer uma poçãozinha.
E decidiu fazer uma poção mágica com tudo que tinha. Colocou baba de aranha, piolho de morcego e até uma abobrinha. Colocou meias com chulé, pelos de rato e uma folha de mato bem pequenininha. Depois mexeu e mexeu, e foi fazendo sua poçãozinha. A poção ferveu e ferveu até ficar prontinha.
- Mas para que serve essa poçãozinha? – era a dúvida que ela tinha.
Então pegou um pouco da poção com uma colherinha. O sapo não quis beber, muito menos a joaninha. O corvo saiu voando com medo da poçãozinha.
- Da última vez eu virei humana! Argh! – disse fugindo a aranha Zinha.
E a bruxinha ficou sozinha, só ela, a poção e a varinha.
- Puxa, ninguém me ajuda! – disse ela assim meio tristinha.
E decidiu jogar fora sua poçãozinha.
Jogou pela janela e ficou meio assim, olhando sua varinha.
Foi quando se ouviu um barulho que lá de fora vinha.
A poção caiu numa moita e transformou em gigante a moitinha.
Suas folhas gigantes pareciam tentáculos querendo pegar a bruxinha.
Mais do que depressa Clarinha correu pra fora da casa com a varinha.
E fez a mágica mais forte, mais poderosa que ela tinha.
A moita se riu e disse assim:
- Não adianta nada, sua bruxinha! Agora eu vou comer você com um pouco de farinha!
Tudo parecia perdido para a assustada bruxinha.
Foi quando apareceu a Bruxa Tinha, que era tia de Clarinha.
Vinha voando na sua vassoura voltando da casa da Bruxa Finha.
Ela disse umas palavras mágicas e a moitona virou moitinha.
Clarinha suspirou aliviada e contou tudo para a sua tia Tinha.
E prometeu que nunca mais ia fazer essa poçãozinha.
A incrível aventura de Michel e Larissa contra o
terrível Senhor Frio
Autor: Emílio Carlos
Numa manhã de inverno o Frio chegou. Se aproximou da casa de Michel e entrou por baixo da porta. Michel e sua irmã dormiam tranqüilamente. Enquanto isso o Frio andava por toda a casa, esfriando o ambiente.
Esfriou a sala, depois a cozinha. No quarto congelou o papai e a mamãe de Michel e Larissa. E foi se aproximando do quarto das crianças. Michel acordou com os pés e as mãos gelados. Larissa também acordou, com as orelhas e o nariz gelados.
Foi quando viram uma sombra se aproximando. Os dois irmãos ficaram com medo. E a sombra continuou se aproximando, se aproximando, até que ele chegou na porta: era o Frio com sua cara gelada.
Larissa deu um grito. E Michel deu uma idéia: vamos nos esconder debaixo do cobertor! E zum! pra baixo dos cobertores. O Frio riu:
- Isso não vai adiantar nada! – disse ele, soltando uma risada fria.
Larissa tremia embaixo do cobertor. É de frio?, perguntou Michel. Não, era de medo. O Frio chegou bem perto da cama. Mas Michel e Larissa não estavam mais gelados. Debaixo do cobertor eles ficaram quentinhos. O Frio chegou bem perto dos cobertores. E aí sentiu aquele calorzinho.
- Eu sou mais forte do que isso! – exclamou ele.
E pôs as mãos nos cobertores para tentar congelar os dois irmãos. Mas aí uma coisa estranha aconteceu: o Frio começou a derreter por causa do calorzinho.
Deu um grito e sumiu. Michel e Larissa gritaram:
- Viva! Foram até o quarto do papai e da mamãe e cobriram os dois com todos os cobertores da casa. Daí pai e mãe foram se aquecendo, se aquecendo, até descongelarem. E continuaram dormindo. Michel e Larissa aproveitaram e... dormiram juntos na cama do papai e da mamãe.
A menina e o vampiro
Autor: Emílio Carlos
Era uma vez uma menina chamada Patrícia que adorava sair para brincar na rua longe da sua mãe. A mãe sempre avisava:
- Patrícia: não vá muito longe.
Mas não adiantava. Patrícia não obedecia. Começou brincando perto de casa, com os vizinhos de perto. Logo estava brincando no fim da rua. Depois no outro quarteirão. E no outro. A mãe saía atrás da Patrícia:
- Patrícia! Hora de fazer tarefa!
E às vezes sabe o que a menina fazia? Se escondia atrás de uma árvore ou de um muro para a mãe não vê-la e ela não ter que fazer tarefa. Um dia Patrícia saiu de casa depois do almoço. Foi brincando e brincando cada vez mais longe. E quando deu por si estava em outro bairro, sozinha, longe de tudo que ela conhecia.
Para piorar estava anoitecendo e a Patrícia longe de casa. Era a primeira vez que ela ia tão longe.
- Deixe-me ver: se eu for reto aqui saio na rua do meu bairro.
E como tinha descoberto o caminho de casa começou a andar lentamente de volta, brincando pelo caminho. A noite caiu e Patrícia continuava a andar de volta.
Passou por um beco escuro e nem percebeu que dois olhos brilhantes a observavam. A menina ia calmamente pela rua. E do beco escuro saiu um vulto que ia atrás dela. A menina andava tranquila. E o vulto a acompanhava de perto. De repente o vulto pisou no rabo de um gato, que gritou.
Patrícia olhou para trás e viu pelo rabo dos olhos o vulto se aproximar. E começou a andar mais rápido. O vulto também começou a andar mais rápido. Patrícia apertou o passo e o vulto também. Patrícia olhou para trás e pode ver o brilho de dois dentes caninos pontiagudos.
Agora ela tinha certeza: era um vampiro que estava atrás dela! Patrícia começou a correr. E o vulto também corria. Só que como ele era adulto corria mais que ela. E estava se aproximando rápido. Rápido. Cada vez mais rápido.
Patrícia corria mas não conseguia fugir. O vampiro estava bem perto dela agora. Patrícia estava quase ao alcance das mãos do vampiro. E corria o mais que podia. O vampiro até deu uma risada enquanto ia pra cima da menina.
Por sorte nessa hora o vampiro pisou numa casca de banana e caiu de cabeça no chão. Ficou meio tonto e Patrícia conseguiu chegar na rua de sua casa. Entrou em casa como um foguete e fechou a porta atrás dela. Contou toda história para sua mãe e prometeu:
- De hoje em diante só brinco no portão de casa.
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